Título: Correr ou Morrer (The Maze Runner)
Autor: James Dashner
Editora: V&R Editoras
Editora: V&R Editoras
Gênero: Literatura Estrangeira / Ficção / Jovem adulto
Páginas: 426
Idioma: Português
Ano de Lançamento: 2010
Saiba mais: Skoob
Aviso: Essa resenha contém spoilers. Leia por sua conta e risco!
Avaliação: 
Sinopse: Ao acordar dentro de um escuro elevador em movimento, a única coisa que Thomas consegue lembrar é de seu nome. Sua memória está completamente apagada. Mas ele não está sozinho. Quando a caixa metálica chega a seu destino e as portas se abrem, Thomas se vê rodeado por garotos que o acolhem e o apresentam à Clareira, um espaço aberto cercado por muros gigantescos. Assim como Thomas, nenhum deles sabe como foi parar ali, nem por quê. Sabem apenas que todas as manhãs as portas de pedra do Labirinto que os cerca se abrem, e, à noite, se fecham. E que a cada trinta dias um novo garoto é entregue pelo elevador. Porém, um fato altera de forma radical a rotina do lugar - chega uma garota, a primeira enviada à Clareira. E mais surpreendente ainda é a mensagem que ela traz consigo.
Thomas será mais importante do que imagina, mas para isso terá de descobrir os sombrios segredos guardados em sua mente e correr, correr muito.
Devo assumir que Maze Runner: Correr ou Morrer sempre foi um livro que muito me intrigou. E devo confessar (com muita vergonha) que eu desconhecia completamente a história até assistir ao filme no cinema a convite do meu miguxo lindo Igor Rodrigues (de quem estou morrendo de saudade). Sai da sessão completamente apaixonada pelo enredo (e pelo Minho!♥) e decidida a comprar e devorar toda coleção e ai descobrir não somente o que acontece na história, mas também um dos melhores livros infanto-juvenis da atualidade e de que já li na vida.
Pois bem, um dia, Thomas, um garoto como qualquer outro, acorda dentro de um elevador, apenas com a lembrança de seu nome. Logo após a abertura das portas, Thomas se vê cercado por garotos, que o acolhem e mostram para Thomas a Clareira, um lugar completamente cercado por muros, que todos chamam de Labirinto. Thomas não sabe como foi parar naquele local e nem quem o colocou ali, assim como todos os outros. Sabe-se apenas que todos os dias os muros se movem e se fecham, e todo mês um novo garoto chega ao elevador, até que a rotina deles é alterada com a chegada de uma garota. O que será que isso quer dizer? Por que ela carrega na mão, um bilhete dizendo: Tudo vai mudar? Vai falar que essa sinopse não desperta a curiosidade em qualquer um? E pra ajudar ainda temos as palavras “LEMBRE, CORRA, SOBREVIVA” gravadas na parte traseira do livro.
Comecei a ler este livro sem saber o que esperar, e de início não há nada tão significativo ou que engate a leitura. Embora o livro seja narrado em terceira pessoa, o leitor fica totalmente confuso assim como o protagonista nas primeiras páginas, até que mais informações sobre a clareira, o labirinto e os personagens começam a facilitar a compreensão do que está acontecendo. Pra ajudar um pouco mais na confusão, os personagens utilizam gírias próprias do universo criado no livro. Palavras e expressões como Cara de Mertila, Trolho e Plong são constantemente utilizadas nos diálogos. No começo isso gera certo estranhamento, mas pode ficar tranqüilo que você logo se acostuma e no fim do livro já estará até chamando seus amigos e parentes de Trolhos e Plongs.
Passadas as primeiras cinquenta páginas a leitura finalmente engata e começam a ser revelados os segredos e mistérios da história. Lembre-se bem dessa palavra: mistério. Esta é a principal qualidade de Maze Runner e a história mostra-se praticamente imprevisível para qualquer espertinho que se atreva a criar teorias ao logo da leitura. Sempre que você começa a imaginar ou achar que está entendendo o que é a clareira e o labirinto, uma reviravolta joga tudo pro alto e mostra que você estava errado. Como se isso já não bastasse, quase todos os capítulos possuem um gancho em seu fim, o que vai fazer com que você fique tão preso na história que não vai querer parar de ler até virar a última página.
O autor James Dashner também não poupa realismo e sofrimento. Os personagens, mesmo sendo jovens adolescentes, precisam lidar com situações devastadoras, incluindo desavenças, traições e mortes. A dor, o sofrimento e a confusão vividos pelo protagonista costumam atormentar também ao leitor, que se apega ao personagem e sempre torce para que as coisas dêem certo. Além disso, as cenas de ação protagonizadas por Thomas são tão agonizantes e de tirar o fôlego que vão te deixar inquieto durante a leitura. As criaturas que assombram o labirinto, chamadas Verdugos, são realmente impiedosas e quase invencíveis, fazendo com que sua presença nas páginas converta-se sempre em períodos de suspense, medo e aflição.
Se havia uma personagem que merecia um pouco mais de espaço em páginas, esta personagem é Teresa. Quando li a sinopse, logo imaginei que a tal garota enviada à clareira teria um papel crucial na história, o que de fato ela tem. No entanto, sua presença demora pra ser importante no livro e a sua relação com Thomas e os demais clareanos poderia ser mais bem explorada. Já os outros dois personagens mais importantes, Newt e Minho, são bastante carismáticos e com certeza estarão entre os favoritos dos leitores.
Portanto, se você gosta de uma boa história de ação e mistério, Maze Runner é a escolha certa para você! Mas que fique claro, o romance aqui não tem vez! De certa forma isso acaba abrindo mais espaço para o suspense, a ficção, a ação, fazendo com que esta história infanto-juvenil seja um apavorante thriller de tirar o fôlego e que fará com que você implore para ler sequências e saber como tudo acaba.
Espero que tenham curtido e quem ainda não leu, fica o convite principalmente por que no final do ano chega as telonas o terceiro filme da saga.
Obrigada por tudo, pessoal!
Beijo
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